domingo, 3 de novembro de 2019

71-ZEITGEIST



Grandes mentes vão embora sem jamais se fazerem compreender porque temos um potente cérebro inutilizado pelas nossas abissais zonas de conforto.

Somos imbecilizados desde tenra infância, na idade do cala a boca, pela própria sociedade que nos quer dependentes; uma pendência que nos priva de uma plena evolução intelectual.

Somos criados para obedecer aos mais velhos, trabalhar assalariadamente, casar, ter filhos, seguir a lei, rezar para seres supernaturais, criados na Idade Média européia, sendo patriotas nos jogos da seleção, discutindo política de modo partidário, e o mais importante: extravasar todas as frustrações enchendo a cara no carnaval.

As drogas servem para esquecer que a vida é uma droga nesse contexto de voto de cabresto onde assolam os desvios de verba e falta desenvolvimento de políticas públicas.

Drogar-se é uma fuga da realidade, como a arte bela e sem conteúdo e a religião, criadora de seres aterrorizados, e também uma pressão social a ser vencida por ser um lento suicídio viciante que escraviza no cativeiro do prazer passageiro que gera a morte de diversas gerações.

Grandes mentes deixam de entrar para a História por falta de acesso a emprego, saúde, moradia e alimentação básica. Mas nós fomos criados para esperar pelo Estado, por Jesus Cristo, Lampião ou Super Man. E se eles não fizerem nada, quem fará; São Jorge?

O universo é um grande jogo de bilhar molecular de hidrogênio, sem mesa, taco ou jogador.

Somos fruto desse jogo sem pai, e poucos compreendem e isso porque a maioria não suportaria essa orfandade ideológica nesse jogo da vida sem anestésico cerebral chamada razão.

De todas as drogas a mentira é a suprema Deusa Máter e bela que alimenta as mais absurdas fantasias sem as quais a maioria sequer sairia do lugar. Por isso esse cérebro é uma máquina de potencial inútil.

Se a evolução é um fato, então existirá ainda uma espécie além do homem, se este não se destruir antes, que saberá viver sem atopias, sem drogas psicotrópicas alucinógenas, sem misticismo, porque suportará a verdade da existência como a humanidade não será capaz.

Ateu Poeta
9/1/2011

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