
Grandes mentes vão embora sem jamais se fazerem compreender porque temos um potente cérebro inutilizado pelas nossas abissais zonas de conforto.
Somos imbecilizados desde tenra infância, na idade do cala a boca, pela própria sociedade que nos quer dependentes; uma pendência que nos priva de uma plena evolução intelectual.
Somos criados para obedecer aos mais velhos, trabalhar assalariadamente, casar, ter filhos, seguir a lei, rezar para seres supernaturais, criados na Idade Média européia, sendo patriotas nos jogos da seleção, discutindo política de modo partidário, e o mais importante: extravasar todas as frustrações enchendo a cara no carnaval.
As drogas servem para esquecer que a vida é uma droga nesse contexto de voto de cabresto onde assolam os desvios de verba e falta desenvolvimento de políticas públicas.
Drogar-se é uma fuga da realidade, como a arte bela e sem conteúdo e a religião, criadora de seres aterrorizados, e também uma pressão social a ser vencida por ser um lento suicídio viciante que escraviza no cativeiro do prazer passageiro que gera a morte de diversas gerações.
Grandes mentes deixam de entrar para a História por falta de acesso a emprego, saúde, moradia e alimentação básica. Mas nós fomos criados para esperar pelo Estado, por Jesus Cristo, Lampião ou Super Man. E se eles não fizerem nada, quem fará; São Jorge?
O universo é um grande jogo de bilhar molecular de hidrogênio, sem mesa, taco ou jogador.
Somos fruto desse jogo sem pai, e poucos compreendem e isso porque a maioria não suportaria essa orfandade ideológica nesse jogo da vida sem anestésico cerebral chamada razão.
De todas as drogas a mentira é a suprema Deusa Máter e bela que alimenta as mais absurdas fantasias sem as quais a maioria sequer sairia do lugar. Por isso esse cérebro é uma máquina de potencial inútil.
Se a evolução é um fato, então existirá ainda uma espécie além do homem, se este não se destruir antes, que saberá viver sem atopias, sem drogas psicotrópicas alucinógenas, sem misticismo, porque suportará a verdade da existência como a humanidade não será capaz.
Ateu Poeta
9/1/2011
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