domingo, 3 de novembro de 2019

80-A LIÇÃO DO BEIJA-FLOR

80-A LIÇÃO DO BEIJA-FLOR

A derrota nos ensina mais sobre o mundo do que a vitória quando competimos de coração.  Competir em desvantagem não é para todos, só para os homens de verdade.

Aquele que só entra em jogo de cartas marcadas demonstra de fato ser o maior dos covardes, e, portanto, jamais será digno da vitória, pois não tem lealdade; com isso, não será um bom líder porque não sabe respeitar as regras do jogo e só sabe dar valor a quem parece ter poder; é o que podemos chamar de “lambe-botas”, no melhor dos adjetivos.

Há muitos mitos em que o mais fraco acaba vencendo ou o menos habilidoso ou aparentemente despreparado ou que está em desvantagem, o desfavorecido; muitas fábulas, estorietas e até mesmo um personagem louco chamado Don Quixote, mas, deixando todos eles de lado, podemos aprender a mesma lição com fatos reais; um deles é A Batalha da Aniquilação, em que Aníbal aniquila 50 mil romanos com 5 mil guerreiros.

Podemos aprender com O Erro de Crasso, que perdeu quase todo o exército ao dar ordem de atacar contra os Parcos, que fingiam fugir e montados ao contrário em seus cavalos mandaram uma enxurrada de flechas contra o exército do general.

O Saxânidas venceram os romanos 3 vezes liderados por Xabur e derrotaram os Parcos e mesmo assim também entraram pela porta dos fundos da História, que costuma ser escrita com a falsidade ideológica do olho de quem está no poder, e grande parte dela se dá diretamente dos diários do general Caiu Júlio César, que têm algumas verdades, muitas mentiras e muitos fatos omitidos.

Nem sempre vencem os melhores, sobretudo na política, onde eles não vencem quase nunca porque 99% burlam as regras. Talvez a política seja o jogo mais desleal, mas esse 1% que sobra faz a diferença quando chega ao poder; o que é o caso do Lula, que tirou mais de 36 milhões de pessoas e recebeu algumas dezenas de títulos de doutor honoris causa ao redor do mundo. A Dilma é outra que estão tentando derrubar, mas que tem sangue no olho e não desiste nunca porque o seu compromisso com o Brasil é tão grande que mesmo sob tortura por 3 anos, por um fascismo que aos poucos se reinstala no Brasil sob a alcunha de “integralismo”, jamais se entregou, jamais desistiu.

Para essa lista dos que fizeram a diferença podem entrar: Carlos Prestes e Olga Benário; Barão de Mauá; Vercingetórix, que salvou mais de 8 milhões de celtas das garras dos romanos; e dentre tantos outros, um homem que tanto lutou que o seu nome virou símbolo de limite onde se possa chegar e o nome de um de seus inimigos gerou um termo pejorativo. Esse cara se chamou Máximus, um general que virou escravo e enfrentou o imperador Cômodus quando se tornou gladiador, inclusive a história virou filme com o título “gladiador”. Sua história lembra o lendário gladiador trácio apelidado de “Spartacus” em referência aos espartanos, num episódio que terminou com a crucificação de mais de 6 mil pessoas em um dia, mas não se pode dizer se Spartacus de fato existiu, inclusive porque um número grande dos crucificados em ato de extrema coragem assumiu para si a identidade de Spartacus; mesmo que tenha existido, isso tornaria impossível de encontrar o real.

Falando em espartanos, não podemos esquecer Leônidas da Silva, o rei espartano, embora que o filme “300” exagere muito e que Xerxes tenha sido derrotado de fato por Atenas e na água, graças à liga de Delfos, também conhecida como Delos, os 300 espartanos atrasaram tempo suficiente as tropas de Xerxes para que Atenas aderisse à aliança.

O malvado Alexandre Magno, a quem Diógenes preteriu ao Sol, venceu Dario, também perante uma disparidade muito grande entre os exércitos. A coragem de Alexandre, que muitos chamariam de loucura, fez com que a vitória acontecesse em favor dos helenos.

Quando se entra na arena é que se entende o valor da torcida, que muitas vezes é um adversário a mais ou um jogador aliado. Quem está em batalha sabe o que a maioria jamais aprendeu: Uma palavra de incentivo vale mais que mil troféus. Um amigo de verdade não dá apenas conselhos, mas também saber dar apoio. Nem sempre precisamos da torcida inteira para vencer a guerra, uma voz na multidão já basta, faz a diferença.

O beija-flor sozinho pode não apagar o incêndio da floresta, mas se juntar de um em um até formar um exército da salvação com milhares de colibris, cada um trazendo no bico o seu pingo d’água, é certo que nem toda a fauna morrerá incendiada e mais tarde a flora se renovará.

Estou levando para vocês o meu pingo d’água.

Ateu Poeta
17/06/2016

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