sábado, 26 de outubro de 2019

31-NOVA ERA

Não são as invenções que transformam o mundo, são os homens que mudam. Essas divisão histórica é uma grande fraude.

A Idade Média é agora, hoje. A luz elétrica não é aquilo que deu vida ao novo pensamento, pelo contrário, muitos dos antigos estavam além da nossa juventude tecnóloga em compreensão do real.

Se acabar a luz artificial, morrerão os livre-pensadores? Negativo. Continuarão vivos, pois as invenções não os criaram, eles é que entenderam as idéias e as transfiguraram para projetos arquitetônicos.

Mesclar, essa palavra define o homem. Todavia, não significa que sejamos a junção de todas as coisas, pois é ridícula a suposição. Até nossas ideias deságuam na junção, é só lembrar da teoria do Big-bang, em que a cabeça de um alfinete continha os elementos universais; que proposição terrível!

Somos grandes sintetizadores, mas também analistas. E nesse processo de síntese e análise é que se tornam possíveis as comparações racionais no intuito da engenharia de leis gerais específicas para que se compreenda a engrenagem complexa da vida.

O engendramento dos elementos cosmológicos só têm importância por existirmos seres pensantes, mais que isso, o importante é a vida.

E para manter a vida em nosso planeta é necessário seguir as leis naturais independentes de nós. Não somos livres em momento algum, a liberdade não existe.

Somos uma incógnita de teimosia, remamos contra a maré. Estamos sempre querendo aquilo que nos é negado. Por quê? Para que tanta luta em prol de alçar o desconhecido se o tememos tanto?Vale a pena desperdiçar tantos neurônios em questões aparentemente intermináveis?

Pode até não valer a pena, pois é justamente o temor da morte que nos faz tão ferozes, tanto em se tratando de Religião, como de Filosofia, quanto na Ciência.

Os cientistas temem tanto a morte quanto os filósofos e religiosos, a diferença está no caminho percorrido para livrar-se do medo.

A Religião manipula a mente com fantásticas abstrações do real, a Filosofia dá um passo a frente quando tenta entender o funcionamento das coisas e a Ciência tenta tocar tudo o que vê, destruindo tudo o que toca para reconfigurar e ser aclamada como a salvadora.

Não está na hora de pararmos essa busca por uma dita salvação que não passa de suposição? Se ela nunca vem, por que não viver de fato? É extremamente difícil e impreciso negar o agora para lucrar um futuro que talvez venha, talvez não.

Desperdiçamos a vida em troca de nada. Se pararmos só um momento para uma reflexão mais apurada veremos que nem a vida vale coisa alguma, pois ela acaba. E tudo indica que o ciclo de vida em nosso planeta um dia acabará. Sendo verdade ou não, o certo é que só se vive uma vez.

Quem sabe o errado sou eu em ser um sujeito tão correto socialmente falando e certo estão os adeptos do Arcadismo. Carpe diem!
Ateu Poeta
04/02/2009

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