56-ENVÓLUCRO SOCIAL
À criança é dada toda a atenção através da qual forma sua identidade, muitas vezes mimada no infinito querer por que as coisas parecem a ela pertencer até descobrir que não é o possuir que forma a humanidade. Porque a Terra não é dela; ela é que é do mundo.
E, assim é que os olhos começam a realmente deslograr o que de fato a mente precisa. Quando a busca já não é mais focada em si mesmo, uma vez que o conjunto é que forma a equação. Todo número sozinho não é mais que uma fração.
De parte em parte é que formamos os grupos sociais por algum envólucro político que nos una pelo tempo em que dure a necessidade comum ou algum outro elo de sustentáculo que não deixe a estrutura ruir.
A maioria das ligações serão temporárias e talvez até seja vital que se quebrem para que novos rumos sejam tomados. Com a tecnologia surgem as amizades virtuais que tanto quanto as normais podem durar ou não decorrente de vários fatores. O importante é que sempre nos marcam ao longo dessa estrada de paradoxos que parece não ter fim e dura tão pouco.
Ao contrário da crisálida que sai pronta do casulo, nós primeiro saímos da caverna para só depois crescermos a nos aventurar pelo mundo. Mas, isso também não nos traz a tão sonhada liberdade, utopia universal que nos introduziram na mente como uma vaga ideia de não precisar de nada. A verdade é que a maior prisão é que a não tem grades, por que só nos ilude, dando a falsa sensação de não continência.
Ateu Poeta
07/07/2013
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