sábado, 26 de outubro de 2019

40-SOBRE APOFENIA (PAREIDOLIA)

40-SOBRE APOFENIA (PAREIDOLIA)

Procurando por #Pareidolia e #Apofenia (acredito que vindo de "Apófis"; serpente-demônio da mitologia egípcia), por tabela, entendi uma coisa que aconteceu comigo dia desses. 

Eu estava assistindo por acaso um pequeno documentário em #Inglês e num dado momento tive a impressão de que uma das pessoas falou exatamente a palavra que eu li em #Português. 

Eu escutei mesmo, mas não foi o que ele falou, tive uma vaga ilusão de que o documentário tinha ficado em #Português e com isso eu parei de olhar e voltei e falei pra mim mesmo, isso foi uma ilusão. 

Lembrei de uma outra pessoa dizendo, certa vez, que deixara de ler por desatenção e deixou de entender o filme, aí falou mais ou menos assim: "_Eu esqueci que o filme não era em Português, deixei de ler e parei de entender o filme". 

Talvez isso seja exatamente Apofenia. Talvez seja ao mesmo tempo uma mistura de defeito cerebral da humanidade com evolução

Ao perceber o que aconteceu, na hora eu tomei um susto, mas agora, ao ver estes termos, que achei por acaso e fiquei lendo, eu entendo que a coisa pode ser muito mais comum do que parece.

Eu imagino que o nosso cérebro tente nos criar um ar de familiaridade com coisas que a gente tenta se fixar e talvez isso seja um recurso que ajude à nossa aprendizagem, uma espécie de #auto_catalizador embutido em nós pela evolução.

Claro que Apofenia deve existir à priori por extinto de sobrevivência, aguçar nossa imaginação para que possamos fugir mais eficientemente dos perigos. 

Talvez essa coisa que nós artistas temos de criar música, imagem, personagens e poesias no automático seja apofenia e, no meu caso isso deu uma aguçada considerável depois de eu virar ateu com 100% de convicção, de repente pelo fato da apofenia não me criar mais pesadelos, mas por ser tipo um programa instalado, agora ela se volta para aguçar os meus instintos no mundo de fato e também para a criação artística, que é a coisa mais importante para mim.

Agora eu entendo porque eu passei a criar mais em sonho após perder a fé. Eu já havia notado esse fenômeno, mas não fazia ideia do que fosse. 

Nosso cérebro tem diversos recursos padrão que de fato merecem ser deveras estudado com afinco. Agora eu compreendi mais ainda que ao perder a fé, eu não perdi nada, eu apenas ganhei. Eu dei um presente a mim mesmo de valor imensurável.

Ateu Poeta

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