sábado, 26 de outubro de 2019

47-BAILARINA CÓSMICA

47-BAILARINA CÓSMICA


Se o universo de repente se comportasse como um parafuso, tudo o que sabemos sobre ele poderia passar de um milionésimo, bilionésimo ou menos ainda.

Sendo a matéria uma eterna bailarina cósmica de incontáveis frufrus sempre em diagonal por rodopiar incessantemente sobre o próprio eixo feito um redemoinho de ponta dupla onde nós seríamos apenas meras migalhas de poeira estelar que por ventura em um desenrolar de pressões criamos vida sob impactos, fusões e explosões no completo caos paradoxalmente ordinário de complexos componentes múltiplos em eflúvio químico surgidos de única base elemental indestrutível em absoluto, embora profundissimamente divisível e re-organizável, e, portanto, igualmente incriável por quaisquer meios.

Seria assim possível existir vários planos sobrepostos interligados mas ainda assim inalcançáveis à nossa tecnologia atual que precisará, para tal fim, ser capaz de dissipar totalmente o vácuo de escuridão entre os planos com um feixe de luz superconcentrado, talvez com uma elevada carga de raios-gama em sucessivas sondas espaciais que sejam capazes de produzir combustível renovável e com isso alcançar distâncias inimagináveis e muito raramente deixariam de retornar ao ponto de partida, possibilitando assim um desperdício quase zero nessas expedições astrais com resultados descomunalmente maiores.

Quem sabe um dia a humanidade consiga povoar outros planetas com características semelhantes à Terra, natural ou artificialmente induzidas, antes do Sol engoli-la. Contudo, o mais provável é que a humanidade destrua este planeta por pura ganância, maldade e estupidez.

Ateu Poeta
21/12/2015

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